“When in doubt, play beautifully.” - Charlie Geyer
Every year the first social-media posting I share with my students is Jason Dovel’s wonderful videos of Charlie Geyer’s masterclass at the University of Kentucky (basketball season is almost six weeks down the road so no issues).
For my students, the videos are somewhat tricky…not necessarily because of vocabulary (some American phrases), but more because of the detail and focus of Charlie’s messages.
My last “official,” in-person lesson with Barbara Butler and Charles Geyer was many years ago, however at the start of every academic year I watch again, all the YouTube videos I can find of every masterclass, concert, or presentation given by the two of them. Every year, I learn something new, or I catch something different, or what they say resonates in a slightly different way.
How?
Barbara Butler and Charlie Geyer don’t write method books, they don’t market their pedagogy, they don’t maintain a social media presence. Instead, they simply focus on a continuation of mentoring and development of standards of excellence.
Excellence is not tricks, it is not secrets, it is not mouthpieces, it is not the discovery of something new (Bendinelli to Altenburg to Arban to Clarke to Vizzutti). It is the focus on those elements that are easily forgotten while “going through the motions” during our quantity of daily gymnastics.
How many can talk about intonation like Charlie? How many practice that level of intonation? Knowing the overtone series, thinking about each valve combination and the partials, then taking into consideration the harmonic structure of any given chord…
What about the concept of “brilliance”…not bright, not dark, but brilliance, the concept of having as many overtones ringing in your tone as possible?
Articulation…that is an entire book. My assignments now include listening examples of Gerard Schwarz, Philip Smith, Thomas Stevens, Mattias Höfs, but always, I come back to the trumpet and organ recordings of Barbara Butler and Charlie Geyer.
What about historical lineage (sound and style)? Georges Mager, Adolph Herseth, Vincent Bach (trumpet construction), Reynold Schilke (trumpet construction), Philip Smith, and so many others.
In a 1992 interview, Nadja Salerno-Sonnenberg said, “I think the greatest thing about Dorothy Delay is that she has the ability to look at a young student or an old student and pretty much size up their character and the way that they think - their personality, basically - and how in a short period of time what’s the best door to use to get them into here. And that’s her method - the fact that there is really no method.” (Allan Kozinn-The New York Times)
In a world where so many are intent on finding the newest angle or the most clever delivery of existing information, Barbara Butler and Charlie Geyer continue to be the Dorothy DeLay of trumpet, music, and life.
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Todos os anos, a primeira publicação que partilho com os meus alunos são os vídeos maravilhosos de Jason Dovel da masterclass de Charlie Geyer na Universidade de Kentucky (a temporada de basquetebol é seis semanas depois, por isso, não há problema).
Para os meus alunos, os vídeos são um pouco complicados… não necessariamente por causa do vocabulário (algumas frases americanas), mas mais por causa dos detalhes e foco das mensagens de Charlie.
A minha última aula presencial “oficial” com Barbara Butler e Charles Geyer foi há muitos anos, no entanto no início de cada ano letivo eu vejo novamente todos os vídeos do YouTube que consigo encontrar de cada masterclass, concerto ou apresentação dada por eles. Todos os anos aprendo algo novo, ou retenho algo diferente, ou o que eles dizem ressoa de uma maneira um pouco diferente.
Como?
Barbara Butler e Charlie Geyer não escrevem livros de métodos, não comercializam a pedagogia deles, não estão ativos nas redes sociais. Em vez disso, eles simplesmente concentram-se na continuação da orientação e no desenvolvimento de padrões de excelência.
Excelência não é truque, não é segredo, não tem a ver com bocais, não é a descoberta de algo novo (Bendinelli a Altenburg a Arban a Clarke a Vizzutti). É o foco naqueles elementos que são facilmente esquecidos enquanto passamos pelas etapas feitas "porque tem de ser" durante a nossa ginástica diária.
Quantos podem falar sobre afinação como Charlie? Quantos praticam esse nível de afinação? Conhecendo a série harmónica, pensando em cada combinação de pistões e nas parciais, depois tendo em consideração a estrutura harmónica de um determinado acorde…
E quanto ao conceito de "brilho"... não claro, não escuro, mas brilho, o conceito de ter tantos harmónicos no som quanto possível?
Articulação… isto é um livro inteiro. O meu trabalho agora inclui ouvir exemplos de Gerard Schwarz, Philip Smith, Thomas Stevens e Mattias Höfs, mas volto sempre às gravações de trompete e órgão de Barbara Butler e Charlie Geyer.
E a linhagem histórica (som e estilo)? Georges Mager, Adolph Herseth, Vincent Bach (construção de trompete), Reynold Schilke (construção de trompete), Philip Smith, e tantos outros.
Numa entrevista de 1992, Nadja Salerno-Sonnenberg disse: “Acho que a melhor coisa sobre Dorothy Delay é que ela tem a capacidade de olhar para um jovem aluno ou um aluno antigo e avaliar o seu caráter e a sua maneira de pensar - a sua personalidade, basicamente - e em como num curto período de tempo qual é a melhor porta a usar para trazê-los até aqui. E esse é o método dela - o facto de que na realmente não há método.” (Allan Kozinn-The New York Times)
Num mundo onde tantos estão empenhados em encontrar o mais novo truque ou a entrega “mais inteligente/diferents” de informações existentes, Barbara Butler e Charlie Geyer continuam a ser a Dorothy DeLay do trompete, da música e da vida.